quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O PORCO-ESPINHO NOSSO DE CADA DIA

Para entendermos um pouco a complicada relação humana podemos analisar a partir da história do porco-espinho:
Num tempo em que o inverno estava muito rigoroso, o frio castigava a todos, os animais estavam morrendo de frio, foi quando decidiram se proteger nas cavernas e, assim, bem juntinhos, o calor de um esquentavam o outro, e isso ajudou a reduzir as mortes pelo frio, os porcos-espinhos, percebendo a eficiência da idéia decidiram que também fariam o mesmo, após algumas reuniões, escolheram uma boa caverna e rumaram para lá, começaram a se ajeitar, foram encostando para que o calor de um pudesse esquentar o outro, mas o clima esquentou de vez, pois o espinho de um espetava o outro, foi uma briga horrível, espinhos para todos os lados, muitos saíram feridos e outros morreram no conflito. Decidiram então que não era uma boa idéia e cada um tomou o seu rumo, mas lá fora o inverno continuava castigando e os porcos-espinhos continuaram morrendo, vendo que os outros animais conseguiam se organizar e se proteger do frio, eles decidiram marcar novas assembléias, depois de muitas discussões e novas estratégias rumaram para uma nova caverna, lá começaram a se organizar, um mantinha um distância considerável do outro, distância que pudesse se aquecer em grupo, mas que o espinho de um não espetasse o outro, assim, conseguiram sobreviver ao inverno rigoroso.
Assim somos nós, normalmente não admitimos nossos espinhos, mas eles estão lá, quando menos espera o espinho do patrão está espetando os empregados, os espinhos dos colegas de repartições estão fazendo estragos. Tem sempre o porco-espinho que não aceita essa condição: - Eu não sou porco-espinho, não espeto ninguém! – Esse é o pior tipo, pois não percebe os seus espinhos.
Todos nós, por menor que sejam nossos espinhos, eles estão lá e nós precisamos admiti-los para melhorarmos nossos casamentos, nossas amizades, nossas convivências no trabalho, na escola, no trânsito, no clube, enfim, onde vivermos em grupos.

sábado, 26 de dezembro de 2009

OS EMBALOS DOS SÁBADOS E DOS OUTROS DIAS DA SEMANA

Já tentei falar, explicar, o que significou o filme Os Embalos de Sábado à Noite para a geração do final dos anos setenta e início dos oitenta, por mais que a pessoa, que não viveu aquela época, diga “eu imagino como deve ter sido”, na realidade, ela não consegue imaginar, só quem viveu esse período sabe o que foi.
Sinceramente, não imagino um outro filme que tenha influenciado tanto, na realidade, influenciou toda uma geração e, o mais impressionante, cada lugarzinho do planeta.
O filme Os Embalos de Sábado à Noite foi um feliz coincidência, harmoniosa soma de belas canções dos Bee Gees + John Travolta + um roteiro despretensioso = Os embalos de sábado à noite. O filme é simples. E é bom exatamente por isso. Não se pode querer torná-lo um excepcional filme, mas o resultado que ele alcançou foi impressionante. As crianças e jovens saiam do cinema querendo dançar, todos queriam ser o Tony Manero (John Travolta), inclusive, John Travolta virou sinônimo de bom dançarino, qualquer um que dançasse bem a pessoa já dizia: - É praticamente um Travolta!
Após o filme, a febre foi tanta que era quase impossível encontrar uma pequena cidade do interior que não tivesse uma discoteca montada: um globo espelhado e multicor rodando, um canhão de luz e muito som de discoteca: Danna Sammer, Bee Gees, Tina Turner. Diana Ross e por aí a fora. Foi uma febre. Os jovens queriam comprar carros antigos, pintar com cores e desenhos berrantes e sair por ai “agitando com a galera”. Os mais humildes e tímidos viam uma chance de se destacar, era só dançar bem e as gatinhas estariam aos seus pés.
Para completar, o esperto e jovem novelista Gilberto Braga, "sacou o lance" e colocou no ar a novela Dancing Days com Sônia Braga, Reginaldo Farias, Bethy Farias, Glória Pires e grande elenco, parte do conflito da novela acontecia numa pista de dança de uma discoteca, foi sucesso imediato. No país inteiro as meias soquetes com brilho, as sandálias de plástico entraram na moda e a garotada rodava e se requebrava nas pistas de danças ao som da discoteca.
Você me pergunta - O que tem de especial o filme Os Embalos de Sábado à Noite? Eu respondo: Ele mostra o dia-a-dia de um jovem suburbano chamado Tony Manero, seus conflitos familiares, sua estagnação profissional e sua falta de perspectivas. A história de Tony é semelhante à de muitos rapazes pobres da sua idade: brigas familiares, emprego não qualificado (ele é balconista numa loja de tintas), pouca ou nenhuma diversão. Entretanto, no sábado à noite, na discoteca 2001, tudo era diferente: Tony era outro: elegante, admirado, desejado, o deus das mulheres, “o cara”, o Rei das Pistas! Seus conflitos familiares ficavam bem quietinhos em casa, davam um tempo, desapareciam. Afinal, no sábado à noite nada mais importava senão a música e a dança.
Mas... Os embalos de sábado à noite não se restringe a Tony Manero e sua dança empolgante, também aborda – ora superficialmente, ora de maneira relativamente profunda – assuntos interessantes (e alguns até hoje polêmicos), tais como: rebeldia, sexo na adolescência, gravidez, aborto, religião, celibato, estupro, papel da mulher na sociedade, desemprego, preconceito contra os homossexuais, racismo, amor, rejeição, amizade, arrogância, dignidade, vaidade masculina, influência da mídia na vida das pessoas, coragem, ingenuidade, violência, ascensão social. Esta última, simbolizada pela travessia da ponte que liga o Brooklyn a Manhattan, bairros de Nova York com características completamente diferentes: o primeiro, humilde e violento; o outro, luxuoso e refinado – alvo da “coroa” Stephanie Mangano, parceira de Tony num concurso de dança e por quem ele se apaixona. Em certo momento do filme, ela, deslumbrada, diz: “No outro lado do rio tudo é completamente diferente. É lindo! As pessoas são lindas, os escritórios também.”
Outro tema que merece ser citado em Os embalos... é a disputa, pois ela acontece em relevantes segmentos sociais. Por exemplo: a) familiar: entre o rejeitado Tony e seu irmão, Frank, o xodó da família – pelo menos até decidir largar a batina; b) racial: entre brancos, negros e latinos, evidenciada tanto nas brigas de rua quanto nas duplas de dançarinos que concorriam ao Prêmio da Discoteca; c) ideológico: entre o imediatismo dos jovens e a sensatez da idade madura, demonstrada pelo desejo de elevação social de Stephanie Mangano e sobretudo neste trecho em que o sr. Fusco, patrão de Tony, não quer lhe adiantar o pagamento semanal: Sr. Fusco: “...economizará e terá um futuro...” Tony: “Dane-se o futuro.” Sr. Fusco: “Não pode estragar seu futuro; ele é que irá estragar você... se não tiver tudo planejado.” Tony: “Esta noite é o futuro. E já fiz planos.”
Tony Manero é uma personagem bacana porque é complexa: com virtudes e imperfeições de caráter. Rebeldia, ingenuidade, arrogância, dignidade, violência, coragem e vaidade (entre outras) acompanham sua confusa, paradoxal – por isso mesmo, real e apaixonante – personalidade. Outra personagem marcante é Frank. Vejamos, então, o mordaz e inteligente Frank em ação em duas situações distintas. Ao ser questionado pelo irmão por que iria para uma pensão: “Ex-padres não voltam para casa. Todos (seus familiares) estão chocados demais. Perderam os pontos que achavam que tinham no Céu.” Agora, sério, aconselhando Tony: “Você só sobreviverá fazendo aquilo que considera certo. Se fizer o que eles (outras pessoas) querem, estragará a sua vida.” Isso tudo é Os Embalos de Sábado à Noite, expondo nossas angustias, frustações, preconceitos, dores, mas no nosso momento de estrela somos muito mais, somos especiais, ele fez os jovens da época, a maiorio reprimido por governos ditadores, por conceitos morais e religiosos rígidos, que a vida podia ser uma festa e cheia de luzes, mesmo que fosse por uma noite por semana. Quando a febre das discotecas estava passando veio o jeito Michael Jackson de ser, dançar e se vestir e os embalos continuaram, será sempre assim, novos embalos sempre surgirão com mais ou menos intensidade, mas com certeza maracará a geração que a viveu ou viverá. 
Hoje temos o pagode, o axé, o funk, o forró, o sertanejo - muitos desses ritmos já faziam sucesso naquela época - mas nada se compara a febre da discoteca, foi uma época, tentar revivê-la é saudosismo, ela deve viver na fantasia e nas lembranças daqueles jovens que a curtiram em sua intensidade. A batida musical, as luzes, as pistas, os jeito de dançar, o modo de se vestir vai sempre estar vivo na mente daqueles que viveram aquela época.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CAMPO GRANDE: O MAIS BELO NATAL

Em 2009 acontece o mais belo natal que Campo Grande, MS, já viu, a magia está presente, as pessoas estão mais alegres, esperançosas, com vontade de sair, de viver, isso é efeito da data, aproximação do final de ano, talvez a sensação de termos passados por uma terrível crise financeira que abalou o mundo e que o Brasil não foi tão afetado, talvez porque o poder aquisitivo das classes mais humildes tenha melhorado,- ...mas tem a bandalhiera política e a sensação de injustiça imperando! - Dirão alguns. Talvez isso não tenha abalado totalmente a alegria do povo que já não espera muito de alguns poderes constituidos e fazem a escolha de ser feliz a todo custo.
A cidade está mais enfeitada, o shopping center Campo Grande com suas luzes e um maravilhoso castelo na praça central, a avenida Afonso Pena com árvores centenárias enfeitadas com bolas representando frutos, coqueiros e arbustos coloridos, postes totalmente iluminados. A cidade do Papai Noel no Parque das Nações Indígenas está encantadora, músicas natalinas tocando o tempo todo, o coreto, a igrejinha, o presépio em tamanho natural, a encantadora casa do Papai Noel, a praça de alimentação em estilo europeu, as tendas de jogos, a bela arvore azul, é tudo muito mágico, encanta crianças e adultos. Andando pela cidade encontramos lugares totalmente enfeitados com luzes de natal: a estação ferroviária, casas históricas próximo à estação, a Pensão Pimentel, o relógio central, a praça das araras, o obelisco e muitos outros lugares.
Com certeza os pessimistas de plantão dirão: - É muita alienação, com o dinheiro que foi gasto daria para fazer.... - só peço que me poupem, não vivemos só da violência dura do dia a dia, da falta de dinheiro, dos problemas na vida particular, temos que ter um pouco de fantasia, isso nos ajuda a aguentar os baques que teremos no tumultuado convívio, principalmente, numa cidade grande.
Permitam-me dizer, viva a fantasia, viva a beleza das luzes que encobrem as trevas da dura realidade. - Ah, mas não adianta jogá-la para baixo do tapete, pois ela continuará lá! - Dirão os, entitulados, realista. Eu digo, que fique lá, e quem se sentir incomodado que vá usando-a por mim!
Enquanto isso,viva o belo natal campograndense!




segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ANGÉLICA DO MESSIAS

Papai veio para Angélica em 1958, instalando-se perto do rio Ivinhema, em terras do Dr. Renê Neder, onde o senhor Ovídio José de Souza, um prospero comerciante, vindo do estado de São Paulo, colocou uma “venda” de secos e molhados, papai assumiu como gerente geral. A maioria das pessoas do lugar era paraguaia que ali trabalhava em derrubadas de matas para formação de pastos e cultivo de lavouras. Para as crianças os paraguaios eram personagens assustadoras devido ao modo que se vestiam, como viviam embrenhados nas matas, para se protegerem de insetos, cobras e outros bichos eles utilizavam pneus velhos, cortando-os e fazendo de botas e envolvendo com tiras de pano até altura da coxa; pareciam múmias da cintura para baixo. Eles bebiam muito e quando não tinha bebida alcoólica compravam todo estoque de álcool da nossa venda.
Foi um período muito difícil, no início não tinha médico para cuidar da saúde das pessoas, nessa época meu pai foi farmacêutico e médico ao mesmo tempo. As pessoas chegavam com malária, papai os medicavam com certos comprimidos que eram infalíveis, eles eram colocados em camas improvisadas, às vezes ficavam ali até uma semana, após estarem curados, meu pai cobrava apenas o custo dos medicamentos. Além da malária, apareciam pessoas com enormes abscessos nas pernas e nos braços, papai esterilizava lâmina de barbear - na época muito conhecida por “Gillette” – ou canivetes e cortava o tumor, em seguida fazia os curativos. Isso não significa que ele era corajoso, mas sim, por ter muita pena dessas pessoas, normalmente muito pobres, não tinham recursos para irem a um centro maior para serem medicadas.
Ficamos neste local mais ou menos dois anos, em seguida mudamos para um pouco mais adiante, num lote logo depois da fazenda do Dr. Renê, ali, o senhor Ovídio instalou novamente sua venda de “secos e molhados”, meu pai continuou como gerente, nesse local havia também uma barbearia e uma pequena escola, e ficou muito conhecido como “Bolichão”.
Ficamos no Bolichão, aproximadamente, por dois anos, foi quando papai deixou de trabalhar para o senhor Ovídio, e foi trabalhar com o senhor José Maria - um português que tinha uma fazenda naquelas imediações.
Este novo local ficava uns cinco quilômetros depois do Bolichão. Foi ali que passei a morar com meus pais, pois, até então, eu só vinha nas férias escolares. Foi quando interrompi os estudos, tendo concluído a quarta série ginasial. Neste novo lugar ficamos mais ou menos um ano, quando, finalmente, mudamos para Angélica, ali papai continuou no mesmo ramo, agora por conta própria. No início foi logo na entrada de Angélica, antes denominada “Vila dos Sapos”. Neste período eu estava com quinze anos e fui lecionar na primeira escola de Angélica.
Algum tempo depois, meu pai instalou-se comercialmente mais para o centro da cidade, desta vez já com o Bar Sorveteria e Restaurante (hoje de propriedade da família Terenciane).
Além de comerciante meu pai foi, na mesma época, “Juiz de Paz”, e o era no sentido mais amplo da palavra, pois era procurado por casais até para solução de conflitos conjugais.
Papai freqüentou apenas alguns meses de banco escolares, mas, tinha tamanho conhecimento, uma cultura tão elevada que só encontrei em grandes intelectuais que conheci. Ele gostava muito de ler, estava sempre procurando se manter informado e buscar novos conhecimentos, para isso assinava as revistas “O Cruzeiro”, “Seleção”, “Fatos e Fotos” entre outras.
Meu pai foi um grande poeta, tinha no coração o dom de traduzir para o papel os mais belos sentimentos, com expressões verdadeiras e puras. Tinha uma sensibilidade profunda, e, Angélica tinha um lugar especial no seu coração, prova disso está em seu Hino a Angélica, onde ele cita que “por onde ele andou não encontrou lugar igual ao seu cantinho”. Além das poesias ele escrevia crônicas para um jornal de Dourados.
Meu pai vibrava com tudo que se relacionava com Angélica, recordo-me quando, em 1974, ele ligou para mim dando duas grandes novidades: a instalação do posto telefônico e a chegada dos primeiros postes de luz, ele estava radiante, parecia criança quando ganha um presente.
Mesmo com sua doença, papai nunca deixou se abater, jamais reclamou, pelo contrário, ele sempre dava força, fazia piadas da sua situação, dizendo: Cada vez que vou a São Paulo tiram um rim, depois um pulmão, do jeito que vai vou acabar ficando oco. Percebendo que estávamos entristecidos ele completava - Fiquem tranqüilos, praga ruim geada não mata - em seguida dava um belo sorriso. Comenta-se, até hoje, entre a família, um gesto muito peculiar que papai fazia, ao iniciar um caso ou acontecimento, ele costumava “arregaçar” uma manga da camisa, em seguida fazia o mesmo com a outra (detalhe, ele só usava camisas de manga comprida), assim começava:
- Numa ocasião... - Dai pra frente era conversa para mais de horas, concluía dizendo - E afirmo, pergunte a quem quiser! - Como era gostoso conversar com ele!
É, papai, o senhor foi uma pessoa digna de admiração! Até hoje se comenta em nossa casa, quando ele vinha de São Paulo, já enfraquecido pela doença, ao atravessar a ponte do rio Paraná (Maurílio Joupert), papai se transformava, ficava radiante. O sorriso e o ânimo tomavam conta dele como num passe de mágica. Minha mãe sempre comentava que, quando ele estava na cama do hospital, em São Paulo, muitas vezes notou-o olhando pela janela do quarto, tinha o pensamento longe dali, quando ela perguntava em que ele estava pensando percebia que estava com olhos cheios de lágrimas, em seguida com a voz embargada, completava:
- Eu queria ser um passarinho, sair voando e só parar em Angélica, lá que eu gostaria de estar, bem perto dos meus amigos e da minha terra querida!
Meu pai falava com o maior orgulho que a água de Angélica, era a melhor do mundo.
Recordo-me no ano de 1978, quando ele foi para São Paulo pela última vez, teve que ir de ambulância, ao chegar ao rio Ivinhema, pediu para o motorista parar, apanhou um pouco d’água e bebeu com muito prazer - era uma despedida, pois, doze dias depois, papai voltou para sua querida Angélica dentro de um caixão, agora ficaria para sempre naquela terra que tanto amou.
Acredito que até o fim dos meus dias, todas às vezes em que vir um belo pôr-do-sol ou belas flores do campo, vou me lembrar do meu pai, pois cenas como estas não passavam diante dos seus olhos sem um brilho especial ou sem uma exclamação de admiração. Papai era sensibilidade pura!
Numa ocasião, depois que papai havia falecido, estávamos vindo para Angélica, e, ao passarmos pela estrada de terra, aquela que passa sobre a ponte do rio Ivinhema, suas laterais estavam floridas, uma visão linda para se contemplar! Era primavera; meu marido parou o carro, apanhou galhos e mais galhos daquelas flores, era realmente impressionante, quase não tinham folhas, somente flores amarelas, com isso encheu o porta-malas do carro, perguntei o porquê daquela atitude, ele não me respondeu nada, também não insisti. Ao chegarmos em Angélica, achei estranho, pois ele não tomou o caminho normal para se chegar ao centro da cidade até a casa da minha mãe, estranhei, mas fiquei calada, só esperando para ver o que ele ia fazer, para minha surpresa fomos parar lá no cemitério, fomos ao túmulo do meu pai, onde entendi o seu gesto, cobrindo-o com os galhos de flores, emocionado, disse:
- É sogro... trouxe flores do campo, já que não podes ir até lá para vê-las, elas vieram até aqui!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

BLOG LITERÁRIO: CONTOS E POESIAS

Em breve os amigos que acompanham este blog poderão acompanhar o blog lietrário do Inivaldo com contos, poesias, vídeos e comentários sobre livros.
As fotos usadas na apresentação do Blog Literário serão em tempos diferentes não para inaltecer a pessoa, mas para mostrar que não somos só o que apresentamos e aparentamos, mas tudo que nos construiu no decorrer dos anos e, a leitura, as idéias e as concepções dos outros vão ajudando a nos construir: caráter, personalidade, forma física, enfim, nos moldam para a vida.
Não somos cem por cento nós mesmos, na realidade somos o que fomos e o que aqueles que nos rodearam e o que nos rodeiam ajudaram e ajudam a construir: nossas manias, nossas virtudes, nossos defeitos, nossas teorias e tudo mais que somos. Somos também o que vivemos e o que vivenciamos. Assim toda experiência de vida e convivência contribui para nossa formação positiva ou negativamente.
"O inteligente aprende com os próprios erros, mas o sábio aprende com os erros do outros"
Você diz: - Puxa não entendi nada o que você quiz dizer!
- Ótimo, acompanhe o Blog Literário e terá a chance de quem sabe... - aguardem.
Você diz: - Que forma mais louca de divulgar um blog?
- Loucura! Você já viu uma foto do cientista Albert Einstein em que ele está com o cabelo despenteado e com a lingua de fora, parece um maluco, no entanto, é considerado um dos maiores gênios de todos os tempos.
Você pensa: - E o cara é presunçoso, se acha um gênio!
- Eu não estou com cabelo despenteado e muito menos com a língua de fora, então posso ser um maluco mesmo! Você decide. Louco mesmo é quem deixar de acompanhar: inivaldogisoatoleitor.blogspot.com

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SER FELIZ NÃO É PROIBIDO



Sei que quando entramos nesse tema algumas pessoas têm ojeriza, pensam: - Lá vem auto-ajuda! Eu acho que auto-ajuda resolve mesmo, pois normalmente quem escreve livro nessa área, melhora de vida, ou seja, ao menos o escritor é ajudado. Só uma gracinha.
Falando sério, o que tenho visto são pessoas, como diz o ditado, procurando chifre em cabeça de cavalo, se não temos problema importamos-os e a partir daí passamos também a exportar problemas, tem gente que reclama de tudo, quando ele(a) chega para conversar parece que tem uma nuvem negra sobre a cabeça – reclama da sogra, do chefe, do salário, do governo, do tempo, da violência e por aí vai, quando ela se retira parece que estamos com peso de uns cem quilos nas costas.
È evidente que não devemos achar que vivemos no mundo da fantasia, no país do faz de contas, mas se avaliarmos todos os nossos problemas reais vamos perceber que temos mais a agradecer do que a reclamar e pedir, evidente que o pessimista logo se defende – Você quer tapar o sol com a peneira! – Não é isso, já está provado que esse tipo de comportamento só causa doenças à própria pessoa e também a quem convive com ela(a). O melhor lema é: problemas só existem para serem resolvidos. – Não adianta só ficar se lamentando, o problema vai continuar. Busque solução.
O número de pessoas que reclama da esposa, do marido é muito grande, mas passam anos e anos e a ladainha segue. Alguma coisa deve ser feito. – Ah, mas não adianta! Então para de reclamar. Caso contrário vá à luta, converse, insista, não adiantou tome uma decisão. Muitas vezes a saída que se acha e começar relacionamento com outra pessoa, mesmo não tendo terminado o que está, como se o marido da outra ou a esposa do outro fosse a solução! Todos os casais têm seus problemas, só que uns tentam resolver, tem mais diálogo, se dispõem a mudar, outros não, preferem o “não adianta”. Não existe relacionamento perfeito, sem problemas, todos os relacionamentos devem estar sempre em construção, mudanças e adaptações, como já falamos em outro texto, um tendo a consciência que deve fazer o outro feliz, assim a chance dos dois serem felizes será maior. Mas como sabemos a grama do vizinho é sempre mais verde.
Muitos reclamam da vida financeira, mas não abrem mão de alguns gastos desnecessários, gastam mais do que ganham, aí vai ser impossível mesmo de controlar. Tem gente que recebe cinqüenta reais de aumento corre para fazer novas prestações, não fazem uma reserva, não se prepara para dias difíceis ou para despesas extras.
Alguns não estão contentes com o serviço, mas não fazem nada para mudar. Busque outro emprego, faça novos concursos, estude, se aperfeiçoe. Não, as pessoas preferem reclamar. A Diretora de uma escola americana que esteve fazendo intercambio em Campo Grande, quando lhe foi perguntado se as pessoas adoeciam tanto e se afastavam do serviço em licença médica nas escolas americanas, ela disse que havia muitos casos, mas foi feito uma pesquisa e descobriu-se que a maioria das pessoas que adoecia era por estar desconte com seu emprego, ou seja, não gostava do que fazia, hoje tem psicólogo em cada escola para atender alunos e profissionais e reduziu muito.
Violência é um tema recorrente para os reclamões: - Há, mas a violência no Rio está terrível, a violência no Paquistão está descontrolada! A violência, a violência, e por aí segue o assunto. Ficamos buscando onde está acontecendo violência para podermos comentar. – Então temos que fechar os olhos? E ficar jogando isso na cara de todo mundo vai resolver o problema? O que você tem feito para ajudar acabar com a violência? – Ah, mas eu não tenho nenhum poder, se tivesse...! Normalmente vem besteiras.
Uma dica é que quando a pessoa começa com sessão tragédia faça um pedido a ela: - Fale algumas coisas boas que você tem vivido ou ouvido! Normalmente a pessoa se ofende e vai embora.
A televisão com frequência divulga tragédia, violência, desgraça, e tem gente que adora assistir esses programas para ter assuntos. – Ah, mas não tem nada que presta mesmo!
Lembremos a essas pessoas: - Com quantas doenças graves você está? Quantos assassinatos ocorreram no seu bairro este mês, este ano? Quantos assaltos ocorreram próximo a sua casa esta semana, este mês, este ano? Se quiser notícias boas é só procurar: as escolas estão realizando grandes trabalhos. Nos hospitais os médicos e funcionários se desdobram para atender a todos, apesar da falta de equipamentos, medicamentos e servidores. As igrejas desenvolvem trabalhos voluntários nas comunidades, nos presídios nos hospitais.
Liberte-se desse marasmo, desse pessimismo antes que ele te destrua. Seja feliz, busque a felicidade com insistência e de várias maneiras. Sorria mais, agrida menos, fale mais baixo, irrite-se menos, evite vícios – álcool, cigarro e outras drogas - que só vão alterar seu humor, trazer doenças e problemas. Dê bons exemplos, abrace mais, fale aos filhos do seu amor por eles, ame as pessoas sem exigir nada em troca. Caminhe mais, fale com amigos, divirta-se mais. – Rir do que? Ache motivo.
Você reclama tanto, já olhou a sua volta quantas pessoas estão doenças pessoais, na família ou deficiências físicas? Apesar de tudo já percebeu como ainda agradecem por estarem vivas e muitas ainda acham motivos para serem felizes?
Saiba agradecer, agradeça sempre, aos outros, a Deus por cada segundo, por cada benefício nem que ele pareça ser pequeno.
Seja feliz!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

AO ANOITECER


Um jovem casal passava férias com seus dois filhos, escolheram, por recomendações de amigos, uma pousada cercada de montanhas com um rio cortando-as e que ficava a pouco mais de duzentos metros da pousada, além de uma linda cachoeira que descia de um dos lados da montanha, muitos coqueiros e palmeiras completavam aquela paisagem belíssima.
No segundo dia de estada naquele paraíso, Lincoln caminhava vagarosamente pelo verde gramado próximo aos alojamentos da pousada, começava anoitecer, o Sol muito vermelho sumia, engolido pelo horizonte, as multicores do céu davam mais beleza aquela paisagem. Passando defronte a capela que fica dentro da área que compunha a pousada, Lincoln sentiu um forte desejo de entrar um pouco, a capela sem portas estava permanentemente aberta, convidando os freqüentadores do local a agradecer o Criador por ter feito um lugar tão bonito.
Lincoln estava sentado com os olhos fechados quando ouviu passos vagarosos, alguém adentrava ao santuário, logo um leve arrastar de banco e tudo ficou quieto, Lincoln abriu os olhos, virou-se e notou ser um senhor com mais ou menos setenta anos e já se encontrava orando, ficaram assim durante alguns minutos. Após suas orações o velho levantou-se do banco onde estava e veio sentar exatamente no banco onde o Lincoln se encontrava:
- Estou incomodando?
- Ah! Não, não está, já terminei minhas orações. – A princípio Lincoln estranhou a vinda daquele senhor ao seu banco, pois haviam tantos outros desocupados.
- Vem sempre aqui?
- Não, é a primeira vez. E o senhor vem sempre?
- Vinha mais, hoje em dia dependo muito de quando minha filha pode vir, ela trabalha muito, dificilmente tem tempo!
- Só tem ela!
- Não, tenho mais dois filhos, dois rapazes, mas não moram no Brasil, se formaram e foram trabalham no exterior.
- Muitas lembranças?
- Muitas meu filho... – O velho dá uma pausa – muitas mesmo!
- Boas ou ruins?
- Boas, todas muito boas! Inclusive, ontem e hoje estive observando sua família e lembrei da minha, você tem dois filhos e uma bela esposa.
- É, tenho um filho de sete anos e uma filha de quatro.
- E a esposa!
- Ah! É, minha esposa... estamos casados a nove anos.
- Algo não está bem entre vocês?
- Está tudo bem sim – pausa - porque o senhor pergunta?
- É que eu estive observando a movimentação nesses dois dias, é o que um velho pode fazer de melhor, observar, e não pude deixar de notar que vocês estão sempre distantes.
Primeiro Lincoln ficou meio constrangido por falar de sua intimidade, mas aquele senhor transmitia tanta paz e segurança que resolveu se abrir:
- Nosso relacionamento esfriou muito! Nós viemos para cá tentando nos dar uma chance, mas percebo que não dá mais não...
- Isso é muito triste, o fim de um amor é triste... – O velho falou pausadamente e calou-se.
- É realmente, eu amei muito minha mulher, mas de alguns anos para cá, nós nos afastamos, a rotina no casamento, a correria do dia-a-dia: trabalho, cursos, filhos, viagens a negócio, encontros com amigos; ela também trabalha fora, está tudo muito difícil – Lincoln abaixa um pouco a cabeça e completa – tem também outras mulheres... – cala-se.
- É, quando o amor é bonito vale a pena investir, vale qualquer sacrifício.
- O Senhor fala com muita convicção. Chegou a viver problemas no seu casamento?
- Claro que sim. Eu me casei muito apaixonado, minha esposa era maravilhosa, tão bela quanto a sua, a gente se entendia muito bem, tivemos três maravilhosos filhos, com o tempo ela se tornou apenas mãe e eu pai, nossos diálogos foram reduzidos a problemas caseiros: filhos, escola, contas, daí em diante tudo desandou, eu que nunca havia traído minha esposa, não resisti aos encantos de uma colega de trabalho, e assim foi durante algum tempo. Um dia cheguei em casa depois do barzinho com os amigos, minha esposa me comunicou que iria fazer uma viagem com as crianças e que iria ficar um tempo sozinha para pensar sobre nós, nesse dia eu percebi que estava perdendo minha família e a mulher que tanto amara. Fiquei entre deixá-la partir e assumir a outra em definitivo, mas algo dentro do meu coração pedia uma nova oportunidade, era mais forte que a minha razão, foi então que pedi que me desse mais uma chance, sugeri que fizéssemos uma viagem juntos, ficando só nossa família e, se depois de tudo se ela achasse que devia partir eu não impediria. Á princípio ela relutou, dizia já ter tentado de tudo e que já havia tomado a decisão, nesse momento eu percebi que estava perdendo a chance de ser realmente feliz, resolvi que despojaria de qualquer orgulho e implorei, pois sabia que quem mais errara havia sido eu. Ela aceitou e nós viemos para este lugar, na época ainda era uma propriedade de um amigo, era tudo muito rústico, ficamos só nós, durante o dia íamos ao rio pescar, passeávamos a cavalo, tomávamos banho de cachoeira, fazíamos caminhadas, jogávamos bola, à noite jantávamos, acendíamos uma fogueira no terreiro da casa ficávamos inventando jogos e contando histórias. Via meus filhos correndo alegres e a alegria dos meus filhos e o belo sorriso da minha esposa me davam a certeza de que havia tomado a decisão certa. Resolvi investir em nós, conversamos muito, falei tudo o que eu não gostava e o que me deixava chateado, ela por sua vez também não deixou barato, fiquei sabendo tudo o que ela pensava sobre mim, percebi o quanto havia machucado-a, o quanto machista fora, foi tudo muito bom. Quando voltamos para casa nosso relacionamento mudou muito, estávamos mais unidos, mais fortes... – o velho dá uma pausa.
Lincoln se identifica muito com a história e resolve saber mais:
- E quanto à outra?
- Percebi que não a amava verdadeiramente, ela era apenas uma fuga, eu buscava a jovem que eu conhecera e que se tornara mais mãe que esposa, talvez mais por uma visão minha.
- E a relação de vocês com este lugar foi só naquela vez? Lincoln, na realidade estava usando essa pergunta para saber mais sobre a história do velho.
- Bem, depois daquela vez passamos a vir aqui com mais freqüência – nesse momento o velho pára, vira o corpo e fita o vazio lá fora – quando começo a pensar naquela época posso ver meus filhos correndo de um lado para o outro, os jogos de futebol, as pescarias, como éramos felizes, as idas à cidadezinha próxima daqui, as cantorias acompanhadas pelo violão tocado pela minha esposa. Ainda posso vê-la dando bronca nas crianças e dizendo que eu era tão moleque quanto eles – o velho abaixa a cabeça - ela era muito zelosa, dava broncas e ao mesmo tempo era carinhosa. Percebi a tempo que ela não precisava só de um bom pai para nossos filhos, precisava também de um marido, amante, um companheiro; e olha que isso nós fomos, como fomos! Envelhecemos juntos, vimos as crianças crescendo, primeiro o mais velho foi fazer faculdade na capital, logo o outro ganhou um bolsa de estudo no exterior e também foi embora, apenas minha caçula ficou, fez medicina, ficou na cidade morando e trabalhando. No final ficamos apenas eu e minha esposa, os filhos pouco nos acompanhava nas viagens, mas mesmo a saudade deles não nos impedia de sermos felizes, mas... - Nesse instante Lincoln percebe que uma lágrima teima em rolar pela face do velho.
- Prefere não falar!
- Não, não, eu falo, as lágrimas são de boas lembranças, como estava falando, há seis anos minha amada me deixou – o velho curva a fronte enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto – ela foi atender o chamado do criador, doeu e ainda dói, mas eu sei que ela está me esperando para nunca mais nos separarmos. Hoje eu venho para este lugar com minha filha, ela vem com sua família e, sabendo que eu gosto muito sempre me convida, quanto aos outros filhos pouco aparecem, estão sempre muito ocupados.
- O senhor considera que tudo valeu a pena?
- Se valeu! Hoje eu tenho consciência que a vida é feita de detalhes e são eles que irão nos alimentar, nos darão força para continuar vivendo, não sou saudosista, tenho boas lembranças e são elas que me impulsionam. São elas que me dão a certeza que a vida valeu e vale a pena. O que me alimenta não são as coisas que não disse ou que não fiz, mas tudo que tive coragem de dizer e de fazer e que fizeram outras pessoas felizes. A minha amada continua aqui, viva, dentro do meu coração, toda felicidade que eu lhe dei e a que ela me deu dá a certeza que a felicidade existe e está sempre do nosso lado, basta tirarmos o rancor, a magoa, o orgulho, os preconceitos, temos que viver livre das amarras e de modismo, devemos ser verdadeiros, não ter medo de viver e de ser feliz, devemos ser felizes nem que seja na marra.
- Será que eu posso ter uma historia tão bonita quanto à do senhor?
- Com certeza não. Cada um faz sua história e ela pode ser melhor ou pior, mas é a sua historia. – O velho dá uma pausa na conversa - Desculpe-me, vim aqui, atrapalhei suas orações e fiquei falando o tempo todo!
- Não, não está atrapalhando, foi muito bom ter ouvido sua história.
- Bem tenho que ir, minha filha já deve estar me esperando para o jantar, meu genro é impaciente e amanhã levantamos cedo para viajarmos de volta. Os dois se levantam caminham silenciosos até fora da capela.
- Está uma noite muito bonita, uma linda Lua cheia, inspirativa, diria! Bem, vou chegando, boa noite! - Despede-se o velho.
- Boa noite! - Responde um Lincoln contemplativo.
O velho sai caminhando em passos lentos deixando atrás de si um homem pensativo, aquela história havia mexido com Lincoln. Ele ficou ali mais alguns minutos enquanto observava o velho seguir seu caminho sendo iluminado pelo clarão da noite enluarada.
- Boa noite, amor!
- Onde esteve até agora?
- Andando por ai.
- Sozinho!
Lincoln não respondeu, aproveitou que as crianças não estavam por perto, puxou sua esposa para junto de si:
- Eu já disse que te amo muito!?
- O que houve? Há muito tempo que você não age assim!
- Pois então pode ir se acostumando, agora vai ser assim! Lincoln abraçou forte a esposa e deu-lhe um longo e ardente beijo.

Autor - Inivaldo Gisoato / outros http://www.gisoatotal.com.br/

terça-feira, 22 de setembro de 2009

QUEM AMA CUIDA E TAMBÉM DA CARINHO



O famoso “quem ama cuida” é óbvio, ou ao menos deveria ser, mas essa expressão reserva armadilhas, pois a palavra cuida pode ser empregada para diversas coisas que uma pessoa possui, cuida do carro, da casa, do cachorro, do livro, do gado, da fazenda, dos CDs e por ai vai a lista de propriedade e, a pessoa amada acaba também virando mais uma posse, quando o outro reclama vem a famigerada frase: - Não sei porque você reclama, eu coloco comida em casa, não te bato, não isso, não aquilo, como se isso já fosse tudo. E o carinho? E o namoro? – Ah, mas você reclama de barriga cheia, veja o fulano! Ele chega bêbado, bate na mulher, não coloca comida em casa!
Tudo bem, que ótimo que não chega bêbado em casa, não bate, coloca comida em casa, mas... e o carinho?
Poxa! Você só fala isso!
Vamos nos lembrar: - Por que quando estamos namorando é aquele fogo? Dentro de um fusca se faz um estrago, depois, uma cama parece um continente, as pessoas precisam marcar encontro, os beijos ardentes passam a ser selinhos de despedidas, as saídas para ir a cinema, teatro ou apenas passear reduzem, usa-se menos perfumes, as palavras doces e carinhosas são trocadas por palavras ásperas, repara-se menos como o outro está vestido, ou o novo corte de cabelo. Dá-se menos flor, elogia-se menos. Vira-se irmãos, amigos, resumindo, vira-se propriedade – minha mulher, meu marido, meu carro, minha casa e por ai vai. O que houve com o romantismo? Só quando sente que está perdendo é que vem o desespero, as promessas de que agora vai ser diferente, passado um tempo, estabelece a propriedade, esquece as promessas e volta ao marasmo.
Muitas vezes valorizamos a mulher do outro, o marido da outra, a atriz que apesar de uma certa idade continua belíssima, mas e você sabe quanto custa para ela continuar daquele jeito? Quanto foi gasto com academia, silicone, lipo, dietas, roupas novas? E você quanto está investido para a pessoa amada ficar como uma Claudia Arraia, um Edson Celulari?
A falta de respeito, as ofensas, a falta de compromisso, a falta de diálogo desgasta, qualquer relacionamento.
-Eu me casei para ser feliz, não para viver nesse inferno. – Você se casou para ser feliz? Talvez ai esteja um dos principais erros, nós não deveríamos nos casar para sermos felizes, mas sim, para fazer o outro feliz, pois quando um faz de tudo para tornar o outro feliz os dois serão mais felizes.
- Ah, isso é fantasia, é auto-ajuda, uso de chavões! – Podem alegar alguns incoerentes ou que não se propõem a mudar.
Outros incoerentes e egoísta dizem: - Eu nasci assim, quando você me conheceu eu já era assim e não vou mudar? – Esse comportamento é conhecido com “ síndrome Grabriela” – aquela música do Dorival Cayme – Eu nasci assim, eu sou mesmo assim, Gabriela. Dizer que quando a conheceu ou o conheceu já era assim é uma mentira, normalmente era mais magro(a), tinha mais cabelo e outras coisas mais. A natureza é sabia, tudo muda, o mais inteligente é saber mudar, se adaptar aos novos tempos, se adaptar às pessoas, isso não é perder identidade, mas sim, forjar um identidade cada vez mais forte e mais condizente com a nova realidade.
A vida é curta, nunca durma com mágoas, com ressentimentos, você pode não ter uma nova chance de se reconciliar com a outra pessoa e, arrependimento tardio e terrível, além de incoerente.
Beije mais, dê flores, faça mais carinho não só quanto está com segundas intenções, elogie mais, diga que ama com mais freqüência, saia mais, conheça novos lugares, faça novos amigos, o outro já pode estar cansado dos mesmos amigos, das mesmas piadas, das mesmas lamúrias.
Quem ama não agride, quem ama não ofende, quem ama muda para melhor, quem ama se cuida para o outro, quem ama cuida e da muito carinho também.

domingo, 13 de setembro de 2009

PARAÍSO: O SUCESSO DO BRASIL SERTANEJO


A vida selvagem - o coronel

A mocinha de olhar brejeiro - isso é um Paraíso
Normalmente as novelas com temas focando a vida interiorana têm boa aceitação do público, haja vista novelas de grandes sucessos na televisão brasileira: Roque Santeiro, Rei do Gado, Pantanal, Pedra Sobre Pedra, Sinhá Moça, Cabocla, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem e, atualmente, Paraíso comprovam o que estou dizendo. Inclusive Sinhá Moça, Cabocla, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem já haviam sido sucesso de audiência na primeira versão e não foi diferente na segunda, e é justamente o que está acontecendo com Paraíso.
Com certeza há várias explicações para isso, mas dentre outras, a de que realmente o povo brasileiro tem um pé no interior. O Sociólogo Fernando Henrique Cardoso, quando ainda era presidente do Brasil, num discurso em Portugal falou que o brasileiro era um povo caipira, bastou para gerar uma grande polêmica, talvez até incentivado pela oposição partidária da época, porque as comprovações não deixam dúvidas. Ao falar isso não nos referimos de forma pejorativa, não querendo dizer que é um povo bobo, sem cultura ou que pode ser enganado facilmente com faz supor algumas piadinhas, até porque o nível das pessoas que moram no interior é cada vez melhor, tanto em questões culturais, sociais e financeiras, inclusive várias cidades interioranas, com frequencia são eleitas como os melhores lugares para se viver. As novelas e as músicas demonstram essa tendência, tanto que os maiores vendedores de CDs e DVDs, ou as músicas mais executadas são as chamadas sertanejas, inclusive em algumas cidades e capitais do país existem rádios que lideram a audiência tocando cem por cento de músicas sertanejas.
Podemos supor também que as pessoas moradoras em cidades grandes, com suas vidas agitadas, gostem de ver e se imaginar numa vida mais tranqüila, onde os relacionamentos e as amizades são mais intensos, tendo o contato frequente com vida no campo e estando em harmonia com a natureza.
Quando expomos esse assunto pode parecer apenas que queremos falar de novela, mas é interessante falarmos da cotidiano, da angustia e isolamento que as pessoas sofrem com a cidade grande, onde vizinhos moram muitos anos próximos e não se conhecem. Sabemos que muita gente gosta disso, pois gera a sensação de independência e que as pessoas cuidam menos da vida do outro, dando menos margens para conflitos e fofocas.
Esse é um assunto bom para discutir, cada um tem uma opinião, isso é maravilhoso, ninguém tem a verdade definitiva e o debate sereno faz com que nós possamos entender melhor o processo de se viver e conviver, afinal de contas, se temos que viver um estilo de vida, seja no interior ou nas grandes cidades, temos que entender que haverá vantagens e desvantagens, mas acima de tudo, nós construiremos nosso lugar e nossa história feliz, levando sempre boas lembranças e não sentindo eternamente saudosista.
Numa novela uma boa história, belas imagens ajudam muito a elevar a audiência, mas achar que só isso é o suficiente, é dizer que outras novelas, que não são ambientadas na vida interiorana, não as tenham. As novelas anteriores no mesmo horário tiveram média de audiência de 23%, já a novela Paraíso começou mal, até por conta do que havia recebido, mas logo começou subir e hoje está com a média é de 30%, talvez até por existir atualmente diversas novelas em outros canais retratando a vida tumultuada e agitada da cidade grande.
Toda boa novela ambientada em cidade interiorana deste país de proporção continental deve ter alguns ingredientes: as fofoqueiras, o moço da cidade grande, os políticos e a politicagem, o padre boa gente e comilão, a(s) beata(s), os botecos que servem de ponto de encontro, as histórias e lendas da região, os coronéis (que na maioria das vezes têm brigas pessoais antigas), os moços de botas, esporas e chapéus grandes, os cantadores ao redor de fogueiras em noite de lua, as mocinhas com olhares brejeiros, as figuras folclóricas da cidade e, não podendo faltar as belas imagens da região.
Na realidade o interior está impregnado no interior de cada uma de nós, é nossa volta, nem que seja por imagem, às nossas origens o que nos dá uma dose de alegria diária.
O moço da cidade e as fofoqueiras - A bela santinha
O peão apaixonado - O padre o dono do bar e o político
Os moços das botas e chapéus grandes - O bom padre comilão
ingredientes de uma boa novela interiorana

sábado, 5 de setembro de 2009

SEU TEMPO É AGORA.

Já ouvi muitas vezes pessoas com certa idade dizendo: - No meu tempo era diferente! – No meu tempo as pessoas se respeitavam mais! No meu tempo, no meu tempo e outros “no meu tempo”. Eu não resisto e pergunto: - Você está morto (a)? A pessoa se assusta e pergunta: - Claro que não estou morto (a)! Por que essa pergunta? E eu respondo: - Fiquei ouvindo você falar no meu tempo! Está querendo dizer no tempo que era vivo (a), é isso?
É evidente que não sou tão imbecil, só instigo para as pessoas notarem as besteiras que estão dizendo, “o meu tempo” é hoje, podemos até dizer: - Quando eu era mais novo. - Quando tinha tantos anos ou coisa assim, mas meu tempo deve ser sempre o agora. Alguém pode pensar, mas que besteira, porque se incomodar com isso! Mas pode ter certeza que não é besteira. Com essa história de - “meu tempo” - muita gente se acha ultrapassado: não dá mais, passei do tempo e da idade, meu tempo já passou! A minha parte já fiz agora é a de vocês e vejam as besteiras que estão fazendo!
Isso tudo “cheira a” ou leva a desânimo, descompromisso, depressão e, principalmente, falta de determinação para continuar fazendo o que tem que ser feito.
Temos que viver cada momento, enquanto existir um pingo de vida é nosso tempo. Infelizmente há pessoas saudáveis que se entregam e parecem mortas, são mortos-vivos. Não importa idade este é seu tempo.
Normalmente as pessoas passam a vida inteira sonhando com o momento quando estarão aposentadas, deixam de fazer um punhado de coisas porque estão cansadas, não tem tempo, precisam juntar dinheiro por não saber o que será do futuro (claro que um pouco de planejamento e poupança é bom, mas não pode ser paranóia), pensam que quando aposentarem estarão com a vida mais tranqüila e poderão curtir a família, os amigos, irá viajar e outros planos mais.
Em muitos casos a aposentadoria chega, mas com a pessoa mais velha, mais cansada, sem amigos construídos no decorrer da vida, a família já se desfez, filhos crescidos, já não necessitam tanto dos pais. A pessoa começa a perceber que sua presença já até incomoda, eles precisam viver a vida deles, não precisam tanto do seu tempo, do seu carinho, de todo esse amor que você acumulou. Muitas vezes já se chega à aposentadoria com algumas doenças e muitas manias. Essa dura constatação chega tardia e em muitos casos vem junto com a depressão, solidão e mais doenças.
Viva a vida a cada momento, aproveite para fazer tudo dentro do seu tempo e da idade, mesmo que esteja cansado, dê atenção aos filhos, ao cônjuge, aos amigos, aos demais parentes, vá a cinemas, teatro, visite praças públicas, cidades e lugares novos, jogue, pesque, converse, saia do seu mundo interno e viva o dos outros também. Isso é vida, então viva a vida!
- Eu não tenho dinheiro! Há várias programações que não necessitam de dinheiro ou precisa-se de pouco. Por exemplo: sair para tomar um sorvete com a família não custa caro, passear na praças, jogar bola no quintal de casa, assistir um filme em casa acompanhado de uma pipoca são opções baratas. Abraços, aperto de mão, rir juntos, dizer eu te amo é tudo de graça.
Há uma pesquisa que demonstra que as pessoas são infelizes mais por coisas do passado ou preocupações de como será o futuro e pouco pelo que estão vivendo no presente.
O seu tempo é agora, você tem obrigação de ser feliz do jeito que está, com pouca saúde, com pouco dinheiro e com pouco outras coisas, mas a vida é agora, assim, o mesmo trabalho que tem em viver procurando motivos pelos quais é infeliz, encontre motivos pelos quais deve ser feliz.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O PODER ENOBRECE OU APODRECE


Gandh - Jesus - Luter King

Quando debatemos a trilogia O Senhor dos Anéis já tínhamos a intenção de discutir, posteriormente, o seu enfoque principal que é a luta pelo poder. Numa história fantasiosa aparentemente não se tem muitas pretensões, mas a discussão de como o poder pode ser benéfico ou maléfico, ganha um debate importante.
O hobbit, personagem principal da história, um ser com menos de um metro e meio que geralmente vive em tocas embaixo da terra, tem os pés peludos, não gosta de grandes aventuras e não tem muito apego a bens materiais ou patrimônios, quando o Um Anel (Anel do Poder) cai em suas mãos ele é informado que deverá destruí-lo, pois o Mal quer recuperar o Anel para subjugar e destruir a todos na Terra Média, assim é formada uma sociedade para ajudá-lo a levar o Anel até o local onde ele deverá ser destruído. Apesar dos componentes dessa sociedade ser maiores e mais fortes, não querem se arriscar levando o Anel, pois sabem que poderão sucumbir à tentação do poder do Um Anel e, o hobbit, aquela figura despretensiosa e frágil, fica encarregado de levar o Anel do Poder e jogá-lo no fogo, a fim de ser destruído. Durante a jornada até componentes da sociedade ficam tentados a tomar o Anel e usá-lo em causa própria e acaba pagando com a própria vida pela ganância.
Infelizmente isso não só acontece nas histórias, supostamente fantasiosas, na vida real a história se repete muitas e muitas vezes. O poder embriaga e, mesmo pessoas que entram numa causa ou numa função com bons propósitos acabam se corrompendo sob o signo do poder. O poder atrai interesseiros e bajuladores, dá a sensação de onipotência e do “pode tudo”.
Evidentemente que não estamos dizendo que todos que assumem o poder, ou detêm algum poder o usa para benefício próprio ou para corromper e subjugar, mas temos visto um número cada vez maior de líderes usando poder financeiro ou influência para se beneficiar ou para prejudicar outros. Somos sabedores ou ao menos deveríamos saber que não existe um perfil definido do individuo que, uma vez detentor do poder, fará mau ou bom uso dele, pois se assim fosse não teríamos tido um líder tão negativo quanto Adolfo Hitler, pois se fizermos uma análise de sua biografia era considerado alguém com o perfil ideal para ser um maravilhoso líder. Poderíamos sitar ainda líderes religiosos que usaram a Santa Inquisição para destruir aqueles que supostamente não serviam aos objetivos da igreja ou do Senhor, e o absurdo é que eles tinham a missão de divulgar a mensagem de paz, amor e tolerância ensinada por Jesus.
Bem, se formos discutir todos os líderes negativos ficaríamos discorrendo durante páginas e páginas, mas devemos ressaltar que tivemos líderes que deram bons exemplos: Jesus que em toda sua pregação e exemplos só oferecia o amor, a bondade, o perdão e a fraternidade, nunca sugeriu o emprego da violência ou o abuso da boa vontade do próximo. Mahatma Gandh que fez na Índia a revolução da Paz, pregava a mudança sem violência, Martin Luther king, Nelson Mandela e outros líderes contemporâneos, se não foram perfeitos, chegaram próximos do propósito do bom uso do poder,
O que temos visto é o poder corrompendo e destruindo qualquer propósito anterior, destruído a esperança, a dignidade, a ética e a moral (sem moralismo).
Dá-se a impressão que líderes negativos só existem nos autos poderes políticos ou em hierarquias superiores numa cidade, no estado ou no país, mas temos o mau uso do poder acontecendo dentro de casa exercido pelo pai, pela mãe, e segue com marido, esposa, o policial, o professor, o gerente de qualquer repartição, o padre o pastor ,enfim, qualquer poder, por menor que seja, embriaga e pode seduzir e, a partir daí, as conseqüências serão diversas.
O eleitor critica o político, mas também corrompe e é corrompido quando vende seu voto ou aceita que seu candidato haja errado em nome de bandeiras partidárias ou para atender o grupo que compõem, quando deveria estar a serviço de quem o elegeu, o povo.
O poder não é podre, tentam criar uma tarja para ele, na realidade alguns (muitos) é que se apodrecem quando assumem o poder.
O poder deve ser exercido com a consciência de que já se está recebendo uma dádiva de ajudar o maior número de pessoas possíveis, que foi escolhido para comandar e ajudar a encaminhar, assim cada segundo deve ser de consulta se está trilhando o caminho do poder participativo e consciente. Um líder quando erra deve ter uma punição maior, pois os seus exemplos podem engrandecer ou desestimular e incentivar a iniqüidade.
As novas gerações só poderão estar isentas da manipulação dos maus líderes a partir da melhoria do seu nível cultural e intelectual, e, isso inicia na família e estende para mais investimento em educação. Um povo culto tem menos chances de ser usados, enganado e subjugado.
Só um povo consciente e culto vai poder se rebelar e saber afastar os que querem usar o poder para manipular e se beneficiar, só um povo determinado e esclarecido poderá perceber a diferença entre o bom líder e o manipulador.
O poder é uma benção e quando bem exercido ajuda a produzir gerações mais determinadas e seguindo os bons exemplos. Quando mal exercido produz gerações doentes, decepcionadas e corrompidas moral e eticamente.
O poder coerente produz efeito de água represada quando aberta irá atingir uma extensão muito grande, poderá causar até alguma destruição, mas não irá muito longe será sugada pelo chão, resultando em terra fértil, produção agrícola e fartura.
O poder exercido de forma inconseqüente é como fogo que queima, mata, destrói, é levado rapidamente pelo vento e difícil de ser exterminado, ao seu término o que restará será muita morte, dor e destruição, necessitará da água abençoada para a demorada restauração da vida alegre e abundante.
Todos nós somos responsáveis por zelar pelas pessoas que exercem qualquer poder, vigiando, estimulando as boas ações e repudiando o mau uso do poder.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

J. R. R. Tolkien – O Senhor dos Anéis



Antigamente tinha uma expressão para demonstrar que uma pessoa era muito importante, falava-se: - Fulano é o senhor dos anéis! – Queria se dizer que ele era poderoso. A expressão decorria da importância do livro o Senhor dos Anéis que foi publicado em três partes: em 1954, os dois primeiros volumes (A Sociedade do Anel e As Duas Torres). Em 1955 foi publicado o terceiro e último volume (O Retorno do Rei), escritos por John Ronald Reuel Tolkien. A idéia original era lançar a obra toda num único volume, mas para baratear os custos de impressão, foi dividida em três volumes.
O livro O Senhor dos Anéis é de uma importância tão grande, que mesmo quem não gosta do estilo “literatura fantástica”, mas gosta de ler, sabe da importância, pois Tolkien construiu, além de muitos personagens que ficaram mundialmente conhecidos e copiados por outros autores, também criou todo um mundo, com linguas, geografia, mapas, vegetação, tempo, deuses, só para se ter uma idéia, até o surgimento do livro O Senhor dos Anéis as histórias de fantasias eram curtas, ele teve coragem de escrever uma que agradaria não só as crianças, mas também os adultos e em volumes com muitas páginas. Inicialmente os editores ficaram preocupados se teriam êxito, mas estavam enganados e foi sucesso total.
Muitos pensam que tudo começou com O Senhor dos Anéis, mas foi O Hobbit, de 1937, a primeira obra é nele que começa a história do Senhor dos Anéis com um hobbit chamado Bilbo Bolseiro que vivia numa toca. A idéia da história é curiosa: Tolkien era professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e Literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959, um dia de 1928 estava examinando documentos de alunos que queriam ingressar na Universidade e Tolkien contou que: “Um dos alunos deixou uma das páginas em branco – possivelmente a melhor coisa que poderia ocorrer a um examinador – e eu escrevi nela: Em um buraco no chão vivia um hobbit, não sabia e não sei porquê”. Depois de abandonar a história por um tempo só foi publicá-la em 1937. A saga do hobbit Bilbo – um ser baixo, pacato, de pés peludos e grandes, que se aventura na Terra Média ao lado do mago Gandalf e mais treze anões – teve tanto sucesso que Tolkien foi sondado para novas aventuras. Ele ainda criou O Silmarillon e Contos Inacabados.
Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica”. Sua obra influenciou toda uma geração. Católico fervoroso, foi grande amigo de C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia, ambos membros do grupo de literatura The Inklings.
Inclusive, conforme declarações de pessoas como George Lucas ( Star Wars) Steven Spielberg (O Parque dos Dinossauros), J. K. Rowling (Haryy Potter) e outros, sem Tolkien muitas aventuras de sucesso do cinema não teriam acontecido
A Obra O Senhor dos Anéis tem uma importância tão grande que, na virada do milênio foi eleita por um grupo de crítico literário a mais importante do segundo milênio.
Ao que tudo indica, quem torce o nariz ou quem é fã de J. R. R. Tolkien pode se preparar, porque até 2011 o livro O Hobbit vai virar filme, provalvelmente em duas partes, podem apostar, será novo mega sucesso como os três filmes da sequência O Senhor dos Anéis, vencedores de quatorze Oscar, onze só com o último.
Analisando Tolkien concluimos - ninguém deve ter medo de criar, inventar, ousar sair do tradicional, ai pode estar o sucesso. Não é só fazer o que todos já estão acostumado a ver e consumir, mas ofercer algo novo, por isso Deus nos deu a inteligência, para que possamos sair do lugar comum.

sábado, 15 de agosto de 2009










Renato TeixeiraPosted by Picasa

AMIZADE SINCERA É UM SANTO REMÉDIO, UM ABRIGO SEGURO

Ao centro Renato Teixeira

A amizade sincera é uma eterna e grande busca, realmente quem encontra um verdadeiro amigo encontra um tesouro, muitas vezes as pessoas se iludem com alguns relacionamentos e vão determinando pessoas como amigos e amigas e, a partir disso as decepções vão se sucedendo, uma porque em nome da amizade as pessoas passam a exigir muito das outras, outra porque se confunde colegas, companheiros de jornada, de clube, de escola, de boteco, de trabalho com amigos. Amigos são muito mais que bons companheiros, os amigos, mesmo distante por quilômetros e quilômetros, continuam tendo preocupações um para com o outro. Se você está preocupado em definir um e outro, só o tempo e as circunstâncias demonstrarão quem são realmente os amigos.
Não importando quando tempo passem sem se ver, os amigos quando se encontram aparentam nunca terem saido de perto, corre sempre que o amigo realmente precisa. O amigo não condena, nem defende sem consciência, fica ao lado para dar apoio. Amigo não é aquele que briga em nome do outro, mas aquele que tira ou não deixa que o amigo brigue, evitando assim que possa se expor ao perigo. Amigo não é aquele que incentiva ou oferece drogas ao outro, mas o que orienta para que ele não entre em enrascada. Amigo chora com a tristeza e ri com a alegria do outro. Amigo não tem inveja pelo crescimento do outro. Amigo não tem que ser exatamente como nós esperamos, que fale o que nós queremos ouvir, que goste das mesmas coisas que nós gostamos, mas, independente disso tudo, será amigo, e isso que é o mais fantástico.
Conhecemos algumas amizades que são mais visíveis, até por estarem na mídia: Roberto e Erasmo Carlos, amigos de fé e irmãos camaradas, amigos há mais de 40 anos, inclusive essa amizade rendeu boas músicas e nos deu o refrão “o meu amigo Erasmo Carlos”. Nem a fama, o tempo, atritos ou dinheiro os separou.
Outra amizade conhecida é a dos cantores e compositores Renato Teixeira e Almir Sater, como a de Roberto e Erasmo também rendeu boas músicas. E de amizade o Renato entende muito, numa música de sua autoria ele nos dá a definição de como deve ser uma verdadeira amizade:
“Amizade sincera é um santo remédio, é um abrigo seguro. É natural da amizade o abraço, o aperto de mão, o sorriso, por isso se for preciso conte comigo, amigo disponha, lembre-se sempre que mesmo modesta, minha casa será sempre sua, amigo.
Os verdadeiros amigos do peito, de fé, os melhores amigos, não trazem dentro da boca palavras fingidas ou falsas histórias, sabem entender o silêncio e manter a presença mesmo quando ausentes. Por isso mesmo apesar de tão raro não há nada melhor do que um grande amigo”.
Muita gente se frustra porque acredita ter muitos amigos, mas não percebe que essa suposta amizade está baseada em interesse por uma função ou cargo importante que exerce, pela fama ou pelo dinheiro que tem, quando isso se vai, fica-se frustrado porque os ditos "amigos" desaparecem. Tenha consciência que verdadeiros amigos não são muitos e, se você encontrou ao menos um, regue, adube, preserve essa amizade, não deixe que as intrigas, a diferença financeira, a diferença de poder, sexo, religião, cor ou raça acabe com essa amizade.
As grandes amizades, em algum momento, ficaram estremecidas por um mal entendido ou por algumas diferenças, mas sempre teve sabedoria para retornar até mais forte.
Não necessariamente os parentes são os melhores amigos, por isso há dois tipo de família a que nascemos nela e aquela que vamos escolhendo pela vida, normalmente o núcleo familiar, principalmente pais, filhos e irmãos, tem se revelado composta dos amigos certos até nas horas incertas.
Semeie amizade, mesmo quando o terreno não pareça propício, poderá colher alguns bons amigos.

sábado, 8 de agosto de 2009

SER PAI É MUITO MAIS


Ser pai vai muito mais além da discussão de quem é mais importante: o pai ou a mãe? Ou quem recebe melhores presentes?
Ser pai é dar suporte para uma educação de qualidade para seus filhos. Isso não significa transferir à escola ou a outros o papel que lhe cabe. Educar é se fazer presente é orientar e não apenas apontar e criticar pelos erros.
Ser pai é dar segurança e proteção, sem exagero, pois proteção a todo ato e a qualquer preço pode gerar pessoas inseguras e irresponsáveis. O poeta já dizia que “proteção demais desprotege”, cria-se a sensação de impunidade plena e do famoso “pode tudo” sabemos que não é bem assim, algum dia alguém barrará essa arrogância e petulância, nesse momento começa-se procurar alguém para jogar a culpa ou os famosos questionamentos: - Onde nós erramos? Proteger é dar suporte para que o filho caminhe sabendo que tem alguém zelando por ele, pronto para orientar e apará-lo na caminhada.
Ser pai é, acima de tudo, dar bons exemplos. De que adianta você recomendar a seu filho que não beba, não fume, não seja violento, que respeite ao próximo, não fale palavrões, respeite leis de trânsito e outros conselhos mais se você faz tudo ao contrário. O “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço” já fracassou há muito tempo.
Exige-se diploma para quase tudo, há cursos para diversas áreas, só não para ser pai e mãe! E qual função é mais importante que criar um filho?
Sabemos que não existe uma manual na criação de filhos, mas com as experiências que são passadas de pais para filhos de gerações a gerações, da nos uma boa noção do que pode dar certo e o que pode dar errado. E, se errar é humano, acertar é Divino, assim, devemos buscar sempre o acerto.
Ser pai é entender o importante papel que a mãe exerce na vida do filho, mas não se omitir, nem sentir ciúmes, é saber que seu papel está reservado só a você, que se você deixar só para mãe todo o trabalho com os filhos, ela vai ficar sobrecarregada e não suprirá sua ausência, bem como se você ficar com os dois papéis também, por melhor que o execute, sempre ficará faltando a parte importante que cabe a ela.
Ser pai é para a vida inteira, pode até existir ex-marido, ex-esposa, ex-cunhado, ex-sogra, ex-amigo, mas ex-pai, ex-mãe e ex-filho não existe. Mesmo que um filho mude para o outro lado do mundo, que faça transfusão de sangue, que mude de nome, mesmo assim geneticamente não conseguirá retirar a parcela do pai que existe nele. O casal pode até se separar, mas do filho não, aliás, na fase de maior crise conjugal é que a presença deve ser intensificada, pois os filhos sofrem muito e devem ter a certeza que não estarão se separando deles.
Ser pai é saber que o mais importante não é o total de tempo que passa com os filhos, mas a qualidade desse tempo. De que adiante passar oito horas juntos, mas o tempo todo com brigas, falta de respeito e ausência-presente.
Ser pai é se incomodar com a bagunça que os filhos fazem na casa, na vida, mas também é chorar de saudade pelo vazio que eles deixam quando estão distantes.
Ser pai é não ter vergonha de chorar na dor se alegrar com a alegria do filho.
Ser pai é compartilhar, amar incondicionalmente, é corrigir, é vivenciar a sublime missão de padecer no paraíso.
* Usamos a palavra filho para representar filha e filho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

HISTÓRICO DO DISTRITO DE PIRAPUTANGA


Piraputanga localizada-se no município de Aquidauana, que está situado na região Centro-Oeste do Estado de Mato Grosso do Sul. Região de planícies e planaltos. Sendo 70% da área composta pela planície pantaneira e 30% de planalto. A região de trabalho compõe-se de vegetação típica de cerrado e passa por ela a Serra de Maracajú que engloba três distritos, sendo um deles o de Piraputanga, que é rodeado de morros e às margens do Rio Aquidauana, com seu clima tropical equatorial.
A região que é hoje Piraputanga tinha por moradores índios Terenas, que viviam às margens do Rio Aquidauana, com economia de subsistência, caça, pesca e coleta. Este local era uma fazenda chamada Palmar, que pertencia ao alemão Miguel Maia.
Antes do local denominar-se Piraputanga surgiu ai, “primeiramente a estação ferroviária que foi inaugurada em 1922, no dia 02 de abril”. Esta estação ferroviária deu condições para a fixação de famílias no local, pois facilitava o transporte. A ferroviária beneficiou os moradores que exportavam gêneros alimentícios e importavam ferramentas. Isto em relação a produtos que passaram a cultivar e para o garimpo que se iniciou mais tarde. Sendo assim a ferroviária trouxe diretamente ou indiretamente grande desenvolvimento para a região. Ela era o meio de transporte mais viável neste período, pois as estradas eram apenas trieiros no meio da mata. “...O único meio de transporte era o trem... não existindo estradas apenas uma vereda...”.
Tempos antes de Piraputanga receber esse nome, o local tinha outra denominação e se chamava Igrapiuna, conforme constatação em Ata realizada no dia vinte e quatro do mês de outubro de 1931, nesta localidade de mesmo nome. Igrapiuna foi elevado à categoria de Distrito de Paz, que pertencia ao Município de Aquidauana, como se verifica na Ata de sua criação. “Aos vinte e quatro dias do mês de outubro de mil novecentos e trinta e um nesta povoação de Igrapiuna, sede do Distrito de mesmo nome, na residência, de Hermínio Tubino da Silva, primeiro Juiz de Paz do Distrito, às quinze horas... de acordo com o Decreto Estadual de sua criação... Decreto nº 92. O Dr. Arthur Antunes Maciel, Interventor Federal no Estado de Mato Grosso usando das atribuições que lhe foram conferidas pelo Governo Provisório do Brasil. Art. 1º fica criado o distrito de Paz de Igrapiuna, no Município de Aquidauana, com sede na povoação do mesmo nome.
A origem de Piraputanga está ligada ao garimpo, que ao ser divulgado atraiu muitas pessoas de várias regiões como PERNAMBUCO, BAHIA, quando PIRAPUTANGA foi criada lá por volta de 1936 por um grupo de garimpeiros, pois vieram em busca de carbonato, mas logo ao chegar aqui acharam mesmo foi o diamante que tinha muito, e assim começou a chegar mais gente influenciada pelo garimpo”.
Em 03 de outubro de 1938, Antonio Santos Ribeiro, que chefiava os garimpeiros convocou uma reunião com os moradores para a desapropriação da fazenda com o intuito de fundar o patrimônio. Essa data é considerada a da fundação do povoado. Quatro dias após a data citada acima, em Cuiabá, que era a capital do Estado, naquele período, foi feito a escritura que desapropriou as terras da Fazenda Palmar passando-as para o patrimônio do município de Aquidauana. Assim foi possível surgir Piraputanga.
Antes da desapropriação da Fazenda Palmar existia apenas a currutela na parte de baixo da ferrovia entre ela e o rio Aquidauana. A currutela era uma vila formada basicamente pelos garimpeiros e as casas eram simples, feitas de palha e o piso era de chão batido.
“Em 1938, surgiu a nova PIRAPUTANGA, situada acima da estação ferroviária que foi medida e loteada pelo engenheiro Dr. Jorge Bodestens”. Também teve a colaboração do engenheiro Camilo Gomes, nessa demarcação dos lotes.
Com a queda da extração dos diamantes muitos garimpeiros abandonaram a região, mas outros ficaram, ainda, tentando a sorte no garimpo e alguns por já terem constituído família ou terem algum comércio instalado. Passaram a dedicar-se a agricultura de subsistência no começo e depois a vender alguns produtos para mercados próximos, como Aquidauana.
“O nome PIRAPUTANGA originou-se de um peixe com contrastes vermelhos e amarelos, devido a sua grande quantidade no rio AQUIDAUANA”. “No idioma TUPI – PIRAPUTANGA, significa PEIXE VERMELHO, da região Amazônica e sub-amazônica. No idioma GARANY – PIRA-PUYTÃ. Os colonizadores da região não conseguindo a pronúncia correta para PUYTÃ, começaram a falar PIRAPUTANGA”. Há outras explicações para o nome Piraputanga, diz que esse nome origina-se do Tupi e significa “Pira = peixe e putanga = é uma modificação de pitanga = vermelho. Piraputanga = peixe vermelho”.
Segundo informações logo após o funcionamento da Igreja Católica “São João Batista”, surgiu a Igreja Batista. As religiões ao longo desses anos vêm colaborando com a formação das crenças populares, de sua cultura e vida social de Piraputanga.
A educação formal no Distrito, que é hoje Piraputanga, começou quando a vila que se localizava abaixo da linha férrea foi deslocada para um lugar mais amplo, através do Sr. Antonio Santos Ribeiro e hoje atende satisfatoriamente à população local. O nome da escola é uma homenagem ao primeiro professor de Piraputanga o Sr. Antonio Santos Ribeiro.
No período atual a economia básica de Piraputanga se divide entre a pesca, a pecuária, a agricultura, o turismo e a algumas casas de comércio que vendem gêneros alimentícios diversos, sendo que dentre elas o turismo está ganhando cada vez mais espaço, tendendo a ser a principal atividade no futuro.
Atualmente “a vila conta com um posto de saúde, posto policial, posto telefônico, com uma pequena agência de correios, algumas pequenas mercearias, algumas igrejas, um local denominado Associação de Moradores, onde acontecem as reuniões, os bailes e outros eventos nos finais de semana. E, ainda, linhas de ônibus da empresa Expresso Mato Grosso. Desta forma o lugarejo vem aos poucos conquistando benefícios que a integrou a Aquidauana, Campo Grande e a outras cidades deixando de ser um lugar isolado.
Resumindo, Piraputanga é simplesmente maravilhosa. Venha conhecê-la:
BREVE
Conheça alguns personagens fantásticos que habitam Piraputanga:
Jamil – O Domador de Montanhas
Jorge – A Voz das Montanhas


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VOCÊ CONHECE O VILAREJO DE PIRAPUTANGA?

Você conhecerá Piraputanga, aguarde!

Conhecerá um paraíso a 121 km de Campo Grande - MS, também saberá de histórias do lugar e de pessoas que ali moram.

UM HOMEM QUANDO AMA UMA MULHER

Um homem trabalha bastante
Dia após dia. Chega em casa cansado
E encontra a mulher que ama,
Mas não se dá conta do que está fazendo de errado.

Lê o jornal enquanto os dois jantam,
Não conversa enquanto assiste à TV.
Mas quando chega a hora de apagar as luzes
Aí quer o carinho e a "atenção" da amada.

Isso faz com que ela se sinta como uma estranha,
Como se estivesse sendo usada,
Ela não quer se sentir assim com você -
Aonde foi parar o romantismo?

Demonstre que a ama durante todo o dia,
E assim o amor durante a noite não parecerá egoísmo.
Ah! meu querido, não se esqueça,
O amor envolve muito mais do que apenas "sexo".

Não faça com que ela sinta com uma estranha.
Não a faça se sentir como se estivesse sendo usada.
Ela não quer se sentir dessa maneira com você.
Aonde foi parar o romantismo?
É melhor você descobrir.

O relacionamento homem e mulher é muito mais do que esperar que o outro seja exatamente como nós sonhamos ou queremos que ele seja.
Temos que respeitar a individualidade, temos que amar as diferenças, temos que ir descobrindo o outro e não estabelecer como o queremos.
Quando as pessoas se anulam para agradar o outro pode ser que o interesse esfrie, pois além de virar uma propriedade, também fica muito previsível.
Muitas vezes a pessoa se revolta e se decepciona com seu parceiro(a) pelo que está sentindo: - Eu não me casei para ser infeliz, eu me casei, sim, para ser feliz. Talvez justamente ai está o grande erro, um deve se casar para fazer o outro feliz, assim, os dois tendo a mesma proposta é quase certo que a felicidade reinará nesse relacionamento.
Relacionamentos são construidos, não nascem prontos e devem ter como alicerces o amor, a coerência e o respeito.
Quando um já não respeita o outro antes do casamento a chance da certo é pequena. Tem sempre um dos lados que acha que depois que casar muda, engano, só piora, pois um virá dono o outro virá propriedade e se acomoda a partir dai será mais falta de respeito.
Quem ama respeita, quem respeita ama.

REFLITA

Perdendo o Paraíso: Você sonha com o paraíso onde passará a eternidade, mas o que você está fazendo com o paraíso onde vive? Você imagina o paraíso celestial como um lugar com campos belíssimos, belos pássaros com cantos de sonoridades inimagináveis, cachoeiras maravilhosas, muita paz, mas os lugares assim nós temos a tendência de admirar por um tempo, logo pensamos em como ganhar dinheiro com ele, como transformá-lo, dando mais conforto e modernidade a ele. Não será assim com o paraíso celestial?
Você deve ser uma Porta: Você pode continuar sentindo insatisfação e angustias apesar de ser um cristão assíduo ao templo, às reuniões, saber a Bíblia de cor e salteada, ter sido aplaudido e condecorado por tudo isso; você pode estar buscando mais reconhecimento do homem e menos de Deus.
Você pode estar buscando Deus nos livros, nos templos, nos cargos e nas funções que exerce, mas Deus está no seu coração, ali é o seu verdadeiro templo, se você não encontrá-Lo ali, todos os escritos e as regras servem para muito pouco.
Se você é conceituadíssimo no meio, mas quando não está aos olhos das pessoas que compõem a instituição continua agressivo, mentindo, pouco carinhoso e achegado à família, cometendo as mais diversas iniquidades é porque Deus não está verdadeiramente em seu coração. Você da mais importância ao que os homens pensam ao que Deus está vendo.
Se você vai ao templo por costume ou obrigação, se irrita porque houve atraso no tempo estipulado para a missa ou culto, se fica entediado com a pregação, alguma coisa está errada. Coloque Deus verdadeiramente em seu coração, não espere que padres ou pastores façam isso, você é quem deve buscá-lo e abrir-se como porta para que Ele esteja com você onde estiver.
Tê-lo em seu coração não é apenas falar em seu nome, mas vivê-lo no seu dia-a-dia, pois convence muito mais que da exemplos do que dez que gritam aos ventos moralismos e o que Cristo pregou, mas vive tudo ao contrário. Você deve ser uma porta aberta para Cristo entrar.