sábado, 8 de agosto de 2009

SER PAI É MUITO MAIS


Ser pai vai muito mais além da discussão de quem é mais importante: o pai ou a mãe? Ou quem recebe melhores presentes?
Ser pai é dar suporte para uma educação de qualidade para seus filhos. Isso não significa transferir à escola ou a outros o papel que lhe cabe. Educar é se fazer presente é orientar e não apenas apontar e criticar pelos erros.
Ser pai é dar segurança e proteção, sem exagero, pois proteção a todo ato e a qualquer preço pode gerar pessoas inseguras e irresponsáveis. O poeta já dizia que “proteção demais desprotege”, cria-se a sensação de impunidade plena e do famoso “pode tudo” sabemos que não é bem assim, algum dia alguém barrará essa arrogância e petulância, nesse momento começa-se procurar alguém para jogar a culpa ou os famosos questionamentos: - Onde nós erramos? Proteger é dar suporte para que o filho caminhe sabendo que tem alguém zelando por ele, pronto para orientar e apará-lo na caminhada.
Ser pai é, acima de tudo, dar bons exemplos. De que adianta você recomendar a seu filho que não beba, não fume, não seja violento, que respeite ao próximo, não fale palavrões, respeite leis de trânsito e outros conselhos mais se você faz tudo ao contrário. O “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço” já fracassou há muito tempo.
Exige-se diploma para quase tudo, há cursos para diversas áreas, só não para ser pai e mãe! E qual função é mais importante que criar um filho?
Sabemos que não existe uma manual na criação de filhos, mas com as experiências que são passadas de pais para filhos de gerações a gerações, da nos uma boa noção do que pode dar certo e o que pode dar errado. E, se errar é humano, acertar é Divino, assim, devemos buscar sempre o acerto.
Ser pai é entender o importante papel que a mãe exerce na vida do filho, mas não se omitir, nem sentir ciúmes, é saber que seu papel está reservado só a você, que se você deixar só para mãe todo o trabalho com os filhos, ela vai ficar sobrecarregada e não suprirá sua ausência, bem como se você ficar com os dois papéis também, por melhor que o execute, sempre ficará faltando a parte importante que cabe a ela.
Ser pai é para a vida inteira, pode até existir ex-marido, ex-esposa, ex-cunhado, ex-sogra, ex-amigo, mas ex-pai, ex-mãe e ex-filho não existe. Mesmo que um filho mude para o outro lado do mundo, que faça transfusão de sangue, que mude de nome, mesmo assim geneticamente não conseguirá retirar a parcela do pai que existe nele. O casal pode até se separar, mas do filho não, aliás, na fase de maior crise conjugal é que a presença deve ser intensificada, pois os filhos sofrem muito e devem ter a certeza que não estarão se separando deles.
Ser pai é saber que o mais importante não é o total de tempo que passa com os filhos, mas a qualidade desse tempo. De que adiante passar oito horas juntos, mas o tempo todo com brigas, falta de respeito e ausência-presente.
Ser pai é se incomodar com a bagunça que os filhos fazem na casa, na vida, mas também é chorar de saudade pelo vazio que eles deixam quando estão distantes.
Ser pai é não ter vergonha de chorar na dor se alegrar com a alegria do filho.
Ser pai é compartilhar, amar incondicionalmente, é corrigir, é vivenciar a sublime missão de padecer no paraíso.
* Usamos a palavra filho para representar filha e filho.

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