
Há pais que, em datas festivas, como aniversário ou Dia das crianças, não dão presentes. Em troca, dedicam uma tarde ou um dia inteiramente aos filhos. São horas de muita interação: brincar num parque ou chácara, jogar bola, subir em árvores, pedalar, nadar, andar a cavalo, empinar pipa, dar banho no cãozinho, ler e contar histórias, cantar e ouvir música, assoviar, assistir a um filme, cozinhar, lavar os pratos e talheres, dialogar sobre amigos e escola. E não menos importante que os pais transmitam aos filhos o quanto os amam, num belo cartão, num abraço, num gesto de carinho.
O filho – geração shoppings – arrasta toda família para perambular por esse templo do consumo e entregar-se à gula na Praça de Alimentação. São bem vinda as novas tecnologia, mas como em todo processo educativo, o equilíbrio é indispensável. Condenam-se os gastos excessivos com a parafernália eletrônica e o tempo que uma parcela de nossas criança e adolescentes lhe dedicam, o que compromete os relacionamentos interpessoais, a compleição física, a prática de esportes, leituras, estudos.
Cobrir os filhos de muitos bens materiais – brinquedos, roupas, passeios, conforto – é uma imprevidência. Lembremos que muitos momentos felizes vividos por nós foram interação e simplicidade que custa pouco. Mais tarde, ao filho já adulto e aos pais idosos, quase sempre resta o gosto amargo do arrependimento por terem brincado pouco. “Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo” -