sábado, 26 de novembro de 2011

VOCÊ ACREDITA MESMO EM AMOR INCONDICIONAL?

Foi o que mais eu ouvi de amigos e pessoas conhecidas que leram o artigo e vieram comentar: - Você acredita realmente no que escreveu? – A partir desta pergunta seguiram-se outras, algumas até em forma de indignação:
- Como amar incondicionalmente uma mulher ou um marido infiel? - Devo amar incondicionalmente uma pessoa que me ofende com palavras, que me agride ou que fere um amigo ou parente meu?
- Como vou amar um pessoa que me lezou, me espezinhou?
- Devo amar incondicionalmete um corinthiano, um palmeirense, um falamenguista (risos), principalmente quando meu time perdeu (risos novamente)?
Bem, por ai seguiram os questionamentos e as indignações, mas só posso dizer que históricamente diversas pessoas amaram incondicionalmente ou chegaram próximo: quando Jesus, pregado numa cruz, depois de ter sido humilhado, açoitado clamou: - Pai, perdoa-os que não sabem o que fazem! – Que tipo de amor é esse?
Francisco de Assis que deixou um vida de luxo para se dedicar aos doentes, pobres, enfim, aos necessitados. ...trechos:
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado.
Compreender que ser compreendido.
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
Perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna
São personagens históricos! – Dirão alguns -, mas temos pessoas que viveram no nosso tempo: Irmã Dulce, Zilda Arns e muitos outros.
Amar incondicionalmente realmente não é fácil, mas é uma busca, deve ser uma meta constante e com certeza o mundo será muito melhor. Devemos treinar em pequenas ações diárias como: pedir desculpas, aceitar o pedido de desculpa, ser mais tolerante no trânsito, tentar ver mais as virtudes dos outros, ser grato e demonstrar gratidão, ofender menos, bem, é assunto para mais um artigo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

AMOR INCONDICIONAL

Estamos acostumados a viver em mundo em que as pessoas agem na expectativa de reciprocidade. Ação traz uma reação. Infelizmente, não se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de expectativas.
O que o outro pode me proporcionar? Quem é fulano? O que ele faz? O que ele tem? Que benefícios ele vai me trazer?
Tempo em que os adornos valem mais que o essencial. Tristes tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconsistentes. É comum, em um circulo de amigo, cada qual falar de si mesmo como um hobby. Uma geração narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa: “eu”. Tristes tempos, repito.
Tempo de escassez de atitudes de misericórdia – descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa. Quanto mais se tem, mais se deseja e, quanto não se tem, o desejo faz questão de ficar.
Falta um sonho de vida e sobram angustias pelas ausências desse sonho. Precisamos amar incondicionalmente, faz bem a alma de qualquer pessoa. Não podemos permitir que os erros vençam os acertos, que a superficialidade ocupe mais espaço que a densidade do mundo intrapessoal e inter-relacional. É preciso resgatar os valores que nos conduzem à felicidade. E de maneira simples e profunda, como é a palavra de Deus. O mal não pode vencer o bem. Se as atrocidades nos incomodam, se a banalização da violência nos assusta é preciso ir além. Além do que os nossos olhos podem ver, além do que os nossos sentidos podem captar. É preciso ir além e chegar ao recôndito do nosso coração onde só a linguagem da alma, dos sentimentos, da simplicidade e da fé é capaz de alcançar.
Só poderemos oferecer um mundo melhor aos nossos quando começarmos a pautar nossas ações pelo amor incondicional, quando eliminarmos as barreiras que nos separam: os preconceitos, as diferenças religiosas, culturais, financeiras ou cor da nossa pele.